terça-feira, 29 de novembro de 2011

OS DESAPARECIDOS!!!



OS DESAPARECIDOS

De repente, naqueles dias, começaram
a desaparecer pessoas, estranhamente.
Desaparecia-se. Desaparecia-se muito
naqueles dias.

Ia-se colher a flor oferta
e se esvanecia.
Eclipsava-se entre um endereço e outro
ou no táxi que se ia.
Culpado ou não, sumia-se
ao regressar do escritório ou da orgia.
Entre um trago de conhaque
e um aceno de mão, o bebedor sumia.
Evaporava o pai
ao encontro da filha que não via.
Mães segurando filhos e compras,
gestantes com tricots ou grupos de estudantes
desapareciam.
Desapareciam amantes em pleno beijo
e médicos em meio à cirurgia.
Mecânicos se diluiam
- mal ligavam o tôrno do dia.

Desaparecia-se. Desaparecia-se muito
naqueles dias.
Desaparecia-se a olhos vistos
e não era miopia. Desaparecia-se
até a primeira vista. Bastava
que alguém visse um desaparecido
e o desaparecido desaparecia.
Desaparecia o mais conspícuo
e o mais obscuro sumia.
Até deputados e presidentes esvaneciam.
Sacerdotes, igualmente, levitando
iam, rarefeitos, constatar no além,
como os pescadores partiam.

Desaparecia-se. Desaparecia-se muito
naqueles dias.
Os atores no palco
entre um gesto e outro, e os da platéia
enquanto riam.
Não, não era fácil ser poeta naqueles dias.
Porque os poetas, sobretudo
- desapareciam.

Se fosse ao tempo da Bíblia, eu diria
que carros de fogo arrebatavam os mais puros
em mística euforia. Não era. É ironia.
E os que estavam perto, em pânico, fingiam
que não viam. Se abstraíam.
Continuavam seu baralho a conversar demências
com o ausente, como se ele estivesse ali sorrindo
com suas roupas e dentes.

Em toda família à mesa havia
uma cadeira vazia, a qual se dirigiam.
Servia-se comida fria ao extinguido parente
e isto alimentava ficções
- nas salas e mentes
enquanto no palácio, remorsos vivos boiavam
- na sopa do presidente.

As flores olhando a cena, não compreendiam.
Indagavam dos pássaros, que emudeciam.
As janelas das casas, mal podiam crer
- no que viam.
As pedras, no entanto,
gravavam os nomes dos fantasmas
pois sabiam que quando chegasse a hora
por serem pedras, falariam.

O desaparecido é como um rio:
- se tem nascente, tem foz.
Se teve corpo, tem ou terá voz.
Não há verme que em sua fome
roa totalmente um nome. O nome
habita as vísceras da fera
Como a vítima corrói o algoz.

E surgiam sinais precisos
de que os desaparecidos, cansados
de desaparecerem vivos
iam aparecer mesmo mortos
florescendo com seus corpos
a primavera de ossos.

Brotavam troncos de árvores,
rios, insetos e nuvens em cujo porte se viam
vestígios dos que sumiam.

Os desaparecidos, enfim,
amadureciam sua morte.

Desponta um dia uma tíbia
na crosta fria dos dias
e no subsolo da história
- coberto por duras botas,
faz-se amarga arqueologia.

A natureza, como a história,
segrega memória e vida
e cedo ou tarde desova
a verdade sobre a aurora.

Não há cova funda
que sepulte
- a rasa covardia.
Não há túmulo que oculte
os frutos da rebeldia.

Cai um dia em desgraça
a mais torpe ditadura
quando os vivos saem à praça
e os mortos da sepultura.

Affonso Romano de Sant'anna

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Homenagem do CMVJ-PE à Carlos Marighella



LIBERDADE

Não ficarei tão só no campo da arte,
e, ânimo firme, sobranceiro e forte,
tudo farei por ti para exaltar-te,
serenamente, alheio à própria sorte.

Para que eu possa um dia contemplar-te
dominadora, em férvido transporte,
direi que és bela e pura em toda parte,
por maior risco em que essa audácia importe.

Queira-te eu tanto, e de tal modo em suma,
que não exista força humana alguma
que esta paixão embriagadora dome.

E que eu por ti, se torturado for,
possa feliz, indiferente à dor,
morrer sorrindo a murmurar teu nome

Carlos Marighella
(Salvador, 5/12/1911 – São Paulo, 4/11/1969)

* Poema escrito em São Paulo, no Presídio Especial, no ano de 1939.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

As comissões que levaram a paz ao Chile







Jornal do Commercio
Data: 05/11/2011
Editoria: Política

AS COMISSÕES QUE LEVARAM A PAZ AO CHILE

MEMÓRIA Quatro Comissões da Verdade foram instaladas no Chile, que serviram para passar a limpo a história das vítimas do ditadura

Ayrton Maciel
amaciel@jc.com.br

Indenização para sobreviventes e parentes de mortos e desaparecidos, pensão vitalícia para viúvas e mães, liberação do serviço militar para filhos de mortos e desaparecidos que não queiram servir e facilidade de acesso às universidades, criação de um sistema de saúde pública – com assistência psicológica – para vítimas, familiares e membros das comissões de investigação, fundação do Instituto de Direitos Humanos Memória Viva, e reparação simbólica por meio de monumentos nacionais representando a resistência. Com cerca de quatro mil mortos e desaparecidos, a República do Chile conseguiu fazer um reencontro com sua história, trazendo à luz os escombros e o obscurantismo da ditadura militar do general Augusto Pinochet (1973/1990).

O balanço faz parte dos resultados de quatro Comissões da Verdade que o Estado e a sociedade chilena patrocinaram para passar a limpo o passado recente do país e fazer prevalecer a verdade. A história real – contada agora pelos chilenos – foi apresentada, ontem, pela professora de Filosofia da Universidade Católica do Chile, Roberta Bacic, que integrou a segunda comissão, em debate promovido pelo Gajop - Gabinete de Assessoria Jurídica às Organizações Populares do Recife.

A experiência chilena fez parte da discussão sobre as perspectivas e desafios da Comissão da Verdade brasileira, aprovada pelo Congresso Nacional, que vai investigar as violações dos direitos humanos no País, entre 1946 e 1988 (ano da Constituição), mas em especial os crimes da ditadura de 1964. Na mesma condição da Comissão do Brasil, as quatro do Chile não tiveram poder para punir assassinos e torturadores. Assim, coube ao povo chileno punir publicamente com a exposição dos algozes. “Com as informações e identificações, familiares puderam recorrer à Justiça e a sociedade civil pedia a punição em faixas e cartazes. Tudo sem violência e sem ofensas”, destacou Roberta Bacic.

A primeira Comissão Nacional da Verdade e Conciliação do Chile foi criada em 1990, por decreto do presidente Patricio Aylwin – primeiro eleito pós-Pinochet –, para investigar desaparecimentos e execuções políticas.

Em 1993, o Congresso do Chile aprovou a Corporação Nacional de Reparação e Reconciliação, trabalho concluído em 1996. “Havia uma dívida com os sobreviventes. Eles testemunharam a tortura de muitos desaparecidos. Mais de 35 mil pessoas foram ouvidas”, relatou Roberta.

De 2004 a 2006, a terceira Comissão apurou as prisões e as torturas políticas. A última, iniciada em 2010, foi encerrada dia 11 de agosto passado, com a investigação de 100 casos pendentes de desaparecidos.

Comissão da Verdade: Perspectivas e Desafios

O Comitê Estadual de Memória, Verdade e Justiça de Pernambuco convida todas e todos para o Debate: "Comissão da Verdade: Perspectivas e desafios". Os palestrantes serão Roberta Bacic, membro da primeira Comissão da Verdade do Chile, e Maurice Politi, do Núcleo de Preservação da Memória Política/SP. O evento será realizado na próxima sexta-feira, dia 04 de novembro, a partir das 14h, na sede do GAJOP.

Participe!

Comitê da Memória, Verdade e Justiça de Pernambuco programa novas ações


O Comitê da Memória, Verdade e Justiça de Pernambuco de reuniu nesta segunda- 29.08, para avaliar o lançamento do mesmo e programar os próximos passos de organização e atividades. Os integrantes consideraram positiva a repercussão e ressaltou a presença em massa de estudantes secundaristas.
Consta na pauta, a participação:

07 DE SETEMBRO - GRITO DOS EXCLUIDOS
(concentração na Praça Oswaldo Cruz, na Boa Vista, Recife)

28 DE SETEMBRO
Evento político em Caruaru que afixará placa em homenagem ao companheiro Raimundo Benevides,
morto em chacina na Serra das Russas pela repressão da ditadura. Saída prevista Recife/Caruaru, às 8h.

30 DE SETEMBRO
Acompanhar a Caravana da Anistia que estará em Recife – PE

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Lançamento do Comitê de Memória, Verdade e Justiça de PE

Redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR
23/08/2011 | 17h16 | Ditadura


Foi lançado hoje em Pernambuco o Comitê Memória, Verdade e Justiça, que luta pela abertura dos documentos do período da ditadura militar e para levar ao banco dos réus aqueles que desrespeitaram os direitos humanos durante o regime. "No golpe de 1964 aproximadamente 470 personalidades do movimento sindical, estudantil e intelectualidade, 10 mil exilados, 22 mil torturados e tudo isso está impune", afirmou o ex-preso político, sociólogo e presidente do Centro Cultural Miguel Lisboa, Edaval Nunel Cajar.

O lançamento do comitê foi realizado no Centro Cultural Rossi Alves Couto, do Ministério Público de Pernambuco (MPPE). E o tom dos discursos foi de crítica à anistia ampla, geral e irrestrita. “O conteúdo, aparentemente apaziguador, da Lei da Anistia, na prática, esconde os interesses dos grupos dominantes e torna-se responsável por várias violações dos direitos humanos, entre os quais a impunidade e a ausência do direito à memória, à verdade e à justiça”, declarou Marcelo Santa Cruz. Ele foi interrompido, diversas vezes, com aplausos dos presentes.

O procurador-geral MPPE, Aguinaldo Fenelon, presente ao evento, manifestou apoio do órgão: “Estamos abrindo as portas do espaço que dispomos como forma de fortalecimento da cidadania, porque é importante olhar para o passado para se ver bem no futuro”, disse ele. Segundo Fenelon, a comissão tem um objetivo importante de esclarecer e resgatar toda a verdade, para que não fique impune aqueles que torturaram e deixaram uma “mancha” na cidadania brasileira.

Por Gean França, especial para o Diario

domingo, 2 de janeiro de 2011

Vale a Pena Sonhar

 
 
Documentário que retrata "a trajetória de uma das mais ricas personalidades da vida social e política do país, percorrendo episódios históricos - como a Insurreição de 1935, a luta pela anistia e a fundação do Partido dos Trabalhadores, além da Guerra Civil espanhola e a Resistência francesa contra a ocupação alemã durante a Segunda Guerra Mundial – e revelando motivações pessoais e dramas familiares. Assim é o longa-metragem “Vale A Pena Sonhar”, dirigido por Stella Grisotti e Rudi Böhm e produzido pela Superfilmes, que aborda a vida de Apolônio de Carvalho."

sábado, 1 de janeiro de 2011

1964 Um golpe contra o Brasil

 
 
Documentario de Alípio Freire apresentado pela TVT

O Ano em que meus pais saíram de férias

 
 
Filme dirigido por Cao Hamburger - ficção que se desenrola em 1970, Mauro é um garoto de doze anos, que adora futebol e jogo de botão. Um dia, sua vida muda completamente, já que seus pais saem de férias de forma inesperada e sem motivo aparente para ele. Na verdade, os pais de Mauro foram obrigados a fugir por serem militantes da esquerda, os quais eram perseguidos pela ditadura militar, e por essa razão decidiram deixá-lo com o avô paterno.
fonte: wikipédia

Mulheres na Luta Contra a Ditadura

 
 
Uma homenagem do Movimento de Mulheres Olga Benário às mulheres que lutaram contra a ditadura militar de 1964 no Brasil.

Clara Sharf

 
 
Entrevista com Clara Sharf companheira de Carlos Marighella, programa dirigido por Ivan Santos e apresentado pela TV Câmara
 

Cidadão Boilesen

 
 
Documentário de Chaim Litewski que retrata Henning Albert Boilesen,  empresário dinamarquês radicado no Brasil, presidente da Ultragás e fundador do CIEE - Centro de Integração Empresa Escola e que foi um dos principais financiadores da repressão da ditadura militar de 1964. Boilesen, foi justiçado por militantes do Movimento Revolucionário Tiradentes (MRT) e da Ação Libertadora Nacional (ALN)

Hércules 56

A História de Uma Guerrilheira

 
 
Programa exibido pela TV Câmara com Vera Sílvia Araújo de Magalhães economista, socióloga e guerrilheira brasileira, militou na Dissidência Comunista da Guanabara e no MR-8.

A Ditadura militar Sangrenta do Brasil

O Dia Que Durou 21 Anos

 
 
Documentário brasileiro, dirigido por Camilo Galli Tavares (Cidade do México, 1971), sobre a participação do governo dos Estados Unidos na preparação, desde 1962, do golpe de estado de 1964, no Brasil.
fonte: wikipédia

Os Advogados Contra a Ditadura

 
 
Com a instauração da ditadura militar através de um golpe das Forças Armadas do Brasil, no período entre 1964 e 1985, o papel dos advogados na defesa dos direitos e garantias dos cidadãos foi fundamental no confronto com a repressão, ameaças e todo tipo de restrições. "Os Advogados contra a Ditadura" propõe uma profunda reflexão sobra a época em questão, relembrando, através de depoimentos e registros de arquivos, a relevante e ativa participação dos advogados contra as imposições do autoritarismo e na luta pela liberdade.

Dirigido por Silvio Tendler, o filme faz parte do Projeto Marcas da Memória da Comissão de Anistia
fonte: youtube

Crimes da Ditadura

 
 
Programa exibido pela TV Brasil

1964 - Um golpe na Democracia

 
 
Programa Caminhos da Reportagem, exibido pela TV Brasil

Ato de Fé - Cristãos que Enfrentaram a Ditadura

Anos de Chumbo (Golpe Militar de 1964)

Parte 1


Parte 2


Parte 3


Parte 4


Parte 5


Parte 6


Parte 7

Cabra Marcado Para Morrer

 
 
Documentário de Eduardo Coutinho. O filme é uma narrativa semidocumental da vida de João Pedro Teixeira, um líder camponês da Paraíba, assassinado em 1962.
Em razão do golpe militar, as filmagens foram interrompidas em 1964. O engenho da Galileia foi cercado por forças policiais. Parte da equipe foi presa sob a alegação de "comunismo", e o restante se dispersou.
O trabalho foi retomado 17 anos depois, recolhendo-se depoimentos dos camponeses que trabalharam nas primeiras filmagens e também da viúva de João Pedro, Elisabeth Teixeira, que desde dezembro de 1964 vivera na clandestinidade, separada dos filhos. Reconstruiu-se assim a história de João Pedro e das Ligas camponesas de Galiléia e de Sapé.
fonte: wikipédia

O Velho - A História de Luiz Carlos Prestes

 
 
Documentário de 1997 dirigido por Toni Venturi

Gregório Bezerra - Entrevista Histórica

Esta entrevista foi realizada quando Gregório Bezerra completara 76 anos no exílio. Documentário de Luiz Alberto Sanz, Lars Safstrom, Leonardo Cespedes e Staffan Lindqvist Postagem: Armazém Memória Assunto: Luta pela Terra - MST - Entrevistas

Parte 1


Parte 2


Parte 3

Marighella

 

Dirigido por sua sobrinha Isa Grinspum Ferraz, o longa-metragem Marighella é uma construção histórica e afetiva desse homem que dedicou sua vida a pensar o Brasil e a transformá-lo através de sua ação.
Líder comunista, vítima de prisões e tortura, parlamentar, autor do mundialmente traduzido "Manual do Guerrilheiro Urbano", sua vida foi um grande ato de resistência e coragem.
fonte: youtube

Ex-presos Políticos: São Paulo - Um novo começo


 
Nesta edição, o programa aborda a luta de ex-presos políticos na época da ditadura militar no Brasil. O documentário apresenta relatos de nove ex-presos políticos, vítimas do regime militar, que receberam o pagamento de indenização do Estado por meio da Comissão Estadual de Ex-Presos Políticos da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania. Os depoimentos revelam os fatos daquela época, as militâncias, as reivindicações, as torturas físicas e psicológicas sofridas, além das marcas que o tempo jamais apagará.

Entrevista com os escritores: Urariano Mota, Vandeck Santiago e Paulo Santos de Oliveira

 
Urariano Mota, autor de "Soledad no Recife" e "Os Corações Futuristas";
Vandeck Santiago, autor de "Francisco Julião, as Ligas e o golpe militar de 64" e "Josué de Castro o Gênio Silenciado" e
Paulo Santos de Oliveira, autor de "A Noiva da Revolução" e a "Guerra dos Mascates" 
são entrevistados pela Televisão Universitária da UFPE

O Estado de Sítio

Baseado em fatos reais, o filme de Costa-Gravas, retrata o sequestro, pelos Tupamaros, do agente americano Dan Mitrione - encarregado de ensinar técnicas de tortura às ditaduras sul-americanas-, e do cônsul brasileiro Aloysio Gomide pelos Tupamaros, em 1970 no Uruguai.

ABC da Greve

 
 
Documentário com roteiro e direção de Leon Hirszman. A película cobre os acontecimentos do movimento operário de 1979 no ABC paulista. O documentário mostra a busca dos operários por melhores salários e melhores condições de vida e o momento em que decidem pela greve, afrontando a ditadura militar no Brasil.
fonte: wikipédia

Luís Carlos Prestes - Construtores do Brasil

Tortura até Quando?

Brazil, a Report on Torture

 
 
Documentário que foi produzido em 1971 com a colaboração do cineasta norte-americano Haskell Wexler, contando com depoimentos de brasileiros torturados e que se exilaram no Chile. O filme foi rodado com a colaboração de Saul Landau e Haskell Wexler.
fonte: wikipédia
 

Tempo de Resistência

 
 
Baseado no livro “Tempo de Resistência” de Leopoldo Paulino, o documentário homônimo é o mais completo sobre a luta do povo brasileiro contra a ditadura militar. A partir do depoimento de pessoas diretamente envolvidas na resistência à ditadura, e impactantes imagens de arquivos, Tempo de Resistência revela a História deste longo e nebuloso período, que se estendeu por 21 anos, resgatando a memória do nosso país. Embalado pelas músicas de Chico Buarque, Francis Hime e Geraldo Vandré entre outras.

A Imprensa Paulista na Ditadura (1964-1985)

 
 
Documentário relata o impacto da ditadura militar brasileira (1964-1985) sobre a imprensa paulista e seus profissionais. A submissão de alguns, a resistência de outros e a vida daqueles que lutaram pela liberdade de expressão e pela ética em sua profissão. Pauta, reportagem e roteiro de Ana Cavalcanti, Gilberto Bombardi, Lidiane Venancio e Luciana Dinis (Fundação Instituto Tecnológico de Osasco).

A Grande Partida - Anos de Chumbo

 
 
Relatos comoventes, antes silenciados pelos traumas do regime, que nos passam informações preciosas sobre os últimos 50 anos de história do Brasil. Também uma renovação de esperança na construção de uma sociedade menos desigual e mais humana.
Depois de lançar o livro A Grande Partida: Anos de Chumbo, Francisco Soriano toma para si a missão de reunir vários companheiros, sobreviventes da ditadura de 1964, para juntos relembrarem a saga vivida na luta clandestina, buscando a libertação da sociedade brasileira submetida ao terrorismo do Estado policial.
Documentário de Francisco Soriano e  Peter Cordenonsi
fonte: DocVerdade

Operação Condor

 
Assista à quatro reportagens
 
Programa exibido pela TV Brasil. A primeira reportagem mostra a articulação das ditaduras dos países do Cone Sul, na década de 70 em ação conjunta de repressão a opositores dos regimes, e o papel do Brasil na operação.
 
Na segunda reportagem da série especial sobre a Operação Condor, a história de uma militante uruguaia que escapou de um destino trágico, e também o drama de um militante catarinense sequestrado na Argentina e que nunca mais foi visto.
 
A terceira reportagem da série Operação Condor traz o depoimento um ex-agente de um órgão de repressão do Uruguai, que afirma ter participado de operação para matar o ex-presidente João Goulart. O caso está sendo investigado no Brasil e na Argentina.
 
A quarta e última reportagem conta que a Operação Condor vai ser investigada pela Comissão Nacional da Verdade. Vão ser analisados casos de militantes desaparecidos, como o gaúcho que lutou ao lado de Che Guevara e sumiu na Bolívia.
 

Cidadão Wright: Uma História de Luta, Perseguição e Morte na Ditadura Militar

 
 
Por meio de um documentário radiofônico, contou-se a história do catarinense Paulo Stuart Wright, um catarinense de Herval d'Oeste, nascido no dia 2 de julho de 1933.
Ele era filho dos missionários presbiterianos Latham Ephraim Wright e Maggie Belle Miller Wright. Paulo Wright foi deputado estadual e teve seu mandato cassado pela Assembleia Legislativa de Santa Catarina no dia 9 de maio de 1964.
Em 1965 ingressou no Movimento Ação Popular (AP). Sua militância política resultou em perseguição e morte. Paulo Wright está desaparecido desde 1973.

Memórias do Chumbo - O Futebol nos Tempos do Condor

 
 
Profunda investigação sobre as relações futebol e as ditaduras militares do continente sul-americano nas décadas de 60, 70 e 80 em quatro países: Brasil, Argentina, Chile e Uruguai. 
 
Roteiro/Script: Lúcio de Castro
Fotografia/Cinematography: Rosemberg Faria, Luiz Ribeiro
Montagem/Editing: Fábio Calamari, Alexandre Valim, Andrei Oliveira
Produção/Production: Lúcio de Castro
Trilha Musical/Music: Fábio Calamari
Arte/Art Design: Stela Spironelli
Elenco/Cast: Luis Alberto Volpe (narração), Carlos Caszely
fonte: CINEfoot

Contos da Resistência

Para marcar os 40 anos do golpe militar de 1964, a TV Câmara produziu a série Contos da Resistência, composta de quatro episódios. Cada um dos vídeos da série enfoca um aspecto da resistência à ditadura e como esses movimentos contribuíram para a construção da democracia que temos hoje no Brasil. As articulações em todos os segmentos da sociedade para se contrapor ao governo autoritário; as organizações sociais de estudantes, trabalhadores e religiosos para lutar pela democracia e esclarecer a população; a resistência política no Congresso; a crítica inteligente e criativa das artes e da imprensa; a repressão e a tortura a representantes desses grupos; e o movimento social pelas eleições diretas em 1984. Todos os temas estão na série, abordados a partir da perspectiva de quem viveu esses tipos de resistência.


 
Assista aos 4 episódios:
1: Estudantes e Igreja
2: Congresso Baixar
3: Artes e Imprensa
4: Movimento Sindical
fonte: Doc Verdade

Quinze Filhos

 
 
Filme dirigido por Maria Oliveira e Marta Nehring, filhas de guerrilheiros - que também dão seus depoimentos.

Anita Leocádia Prestes

 
Programa Memória Política, exibido pela TV Câmara, com Anita Leocádia Prestes que discorre sobre vários assuntos, dentre eles: episódios da sua família que precederam o seu nascimento; a deportação da mãe, Olga Benário Prestes, para a Alemanha nazista; o seu nascimento no campo de concentração nazista; a campanha internacional pela sua entrega aos familiares paternos; a prisão do pai, Luís Carlos Prestes, pelo regime do Estado Novo no Brasil; a troca de correspondência com seu pai sem ainda conhecê-lo; o retorno ao Brasil após a anistia; a curta convivência com o pai, que já era senador; a cassação dos parlamentares comunistas em 1948; a volta ao exílio na União Soviética, em 1950; o retorno ao Brasil após 7 anos; um novo exílio na União Soviética; retorno ao Brasil, junto com o pai, após a anistia em 1979; a descrição do caráter de Luís Carlos Prestes; a atuação política na vida acadêmica; o rompimento com o Partido Comunista, em 1979 -1980; a derrota do socialismo e a filosofia marxista; a fundamentação teórica que impulsionou a luta revolucionária  de Luís Carlos Prestes; a ideologia da coluna Prestes; a recusa em aderir à Revolução de 30; os primeiros contatos com a filosofia marxista; A visão deturpada da Intentona Comunista; o movimento integralista no Brasil e a repressão aos opositores; a Aliança Nacional Libertadora; o levante de 35 e a unificação do exército brasileiro; a política de implantação do Estado Novo; a pressão dos aliados para o apoio do Brasil na 2ª guerra mundial; o apoio dos comunistas ao governo de Getúlio Vargas; as relações entre os Partidos Comunistas Brasileiro e o da União Soviética; as informações equivocadas sobre Luís Carlos Prestes contidas no CPDOC da FGV; 3ª Conferência dos Partidos Comunistas Latinos Americanos, em Moscou; a crise no movimento comunista internacional; a derrota das esquerdas em 64; a repressão ao movimento revolucionário contra o regime militar no Brasil;a atuação política de Luís Carlos Prestes após a anistia; a derrocada do Socialismo no Leste Europeu.