sexta-feira, 17 de abril de 2015

Lançamento do Comitê Pernambucano de Solidariedade à Venezuela


Presidenta do Mirim Brasil, Sylvia Siqueira Campos,
manifesta sua solidariedade à Venezuela
Ocorreu em Recife, no último dia 16 de abril, o lançamento do Comitê Pernambucano de Solidariedade à Venezuela, na sede do Gajop (Gabinete de Assessoria Jurídica às Organizações Populares). O evento contou com a participação da Consulesa da Venezuela, Carmen Reyes, do presidente do Centro Cultural Manoel Lisboa, Edival Cajá, e do representante do Gajop, Rodrigo Deodato, além de outras representações dos movimentos sociais e partidários que apóiam a causa.

Após o decreto do presidente dos EUA, Barack Obama, que considerou a Venezuela como uma ameaça mundial, várias medidas políticas tem sido tomadas pelos países imperialistas para isolar a Venezuela e criar uma crise no governo. “A ideia é não deixar Maduro governar, não deixar que ele ganhe o mesmo carisma que o Chavez, e à medida que ele ganhou mais apoio da população, passaram a atacá-lo com mais violência (…) Este ano conseguiram nomear a Venezuela como ameaça mundial, porque se ameaça a soberania dos EUA, é uma ameaça mundial” disse a consulesa Carmen, após afirmar que o país está debaixo de um embargo econômico. “Isto faz com que o lançamento desse comitê seja mais que solidariedade. É um pedido urgente para que vocês acompanhem esse processo”, completou.

Após a exposição de Carmen, foi realizada a leitura do Manifesto de Lançamento do Comitê, assinado pelas entidades fundadoras presentes no evento.

Diante de tal infestação da miséria em nome da “liberdade” dos Estados Unidos, resiste bravamente a Revolução Bolivariana desencadeada na Venezuela fomentando a radicalização da participação democrática, imprimindo novos processos de transformação social, construindo o Socialismo do século XXI.

Os desafios postos à Venezuela da atualidade passam pelo combate às guerras: midiática, com seu jogo de falsidades; e econômica, capitaneada por empresários especuladores.

Por fim, foi reafirmado o compromisso da luta internacionalista pela soberania dos povos latino-americanos.

Representante do Mirim Brasil no ato, Anacleto Julião afirma que o objetivo do Comitê Pernambucano em Solidariedade à Venezuela tem por objetivo disseminar informação, fazer público o conhecimento sobre as ações dos Estados Unidos contra a Venezuela, além de recolher assinaturas solicitando ao governo norte-americano a retirada do nome do país sul-americano da lista de países que ameaçam a segurança. “O governo da Venezuela tem tomado medidas populares que o caracteriza como um país realizando um processo de reconhecimento da cidadania da população. E isso tem contrariado interesses econômicos internacionais e, principalmente, relativos à comercialização da produção de petróleo dos EUA, visto que o petróleo vendido pela Venezuela aos pequenos países principalmente do Caribe afeta os lucros de empresas norte-americanas”, afirma Anacleto Julião. Durante a Cúpula das Américas, ocorrida neste mês de abril, o presidente Maduro entregou aos EUA uma lista de 14 milhões de assinaturas.

Contexto – Pautado pelo socialismo, o governo venezuelano resiste em atender aos interesses capitalistas-liberais do governo norte-americano, que tenta manter sua influência política e econômica sobre a América Latina. Os 14 anos da presidência de Hugo Chávez (1999 a 2013) na Venezuela aumentaram a tensão entre as nações. Chávez chegou a sofrer um golpe de estado em 11 de abril de 2002. O então presidente norte-americano Geoge W. Bush logo reconheceu o novo governo, de direita, mas nega ter financiado o golpe. Militares leais ao presidente deposto derrubaram o novo governo e Chávez voltou à presidência. O governo venezuelano afirma que os EUA orquestraram o golpe de estado e que membros do alto comissariado de Bush teriam mantido contato diário com líderes golpistas nas semanas anteriores à tomada do poder pela direita. Entre as décadas de 1960 e 1970 os Estados Unidos financiaram – e já é comprovado – os golpes seguidos por ditaduras militares no Brasil, Bolívia, Argentina, Uruguai e Chile.

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